Berlim - Alemanha
- Juliana Oliveira
- 29 de mai. de 2019
- 3 min de leitura
Sempre quis ir para a Alemanha mas também parecia um sonho muito longe de se realizar, então, quando comecei a planejar a viagem para Berlim, nem acreditava que era verdade! Vou falar um pouquinho de como foi a minha experiência em terras Alemãs.
Fomos de ônibus da Flixbus, paguei €60 ida e volta. Saímos da estação de Amsterdam Sloterdjik na sexta feira 29 de março às 23:30 e chegamos em Berlim no sábado às 8:30, foram 9h de viagem com algumas paradas para embarque e desembarque.
Ficamos no Hotel Meininger e pagamos €72 por uma diária sem café da manhã. Chegamos no hotel mas só poderíamos entrar no quarto depois das 14h, então deixamos as malas e fomos turistar!

Primeira parada foi descobrir como se locomover com tudo escrito em alemão, já estou acostumada a ler e ouvir holandês, apesar de serem parecidos, fiquei perdida! Graças as meninas que conseguiam ler o mapa, deu tudo certo, compramos o ticket que é válido por dia, foi €5,20 e poderia ser usado em qualquer tipo de transporte: ônibus, metrô, tram... sucesso!
Mas uma coisa que eu não esperava, tudo muito sujo e velho, estranhei porque esperava que fosse igual na Holanda... limpinho, tecnológico.
Fomos até aonde deixaram alguns pedaços de onde passava o muro de Berlim e pudemos sentir um pouco do clima pesado que tem aquele lugar.
Em todo lugar tem placas explicando sobre o que tinha naquele lugar e o quanto o que aconteceu na era Nazista impactou a vida das pessoas.
Depois fomos até a praça Alexandreplatz aonde fica a torre de televisão com 368 metros de altura, é a torre mais alta da Alemanha.
Em 1969 foi construído o Weltzeituhr (Relógio do Horário Mundial) O relógio mundial foi projetado para mostrar o horário nas principais cidades do mundo, conforme vai passando o tempo, ele vai girando...

Andando mais uns 10 minutos, chegamos até a praça da Catedral de Berlim, que igreja lindaaaaa! Mas estava em reforma com alguns andaimes... mesmo assim deu pra ver a beleza dessa Catedral!
A Igreja foi construída entre 1894 e 1905 e fica no jardim Lustgarten.
Depois de mais 15 minutos andando, chegamos ao Portão de Brandemburgo que era a antiga porta de entrada de Berlim, se tornou um dos principais cartões postais e é o símbolo do triunfo da paz sobre as armas.
Virando à esquerda está o Memorial aos Judeus mortos pelos nazistas, é uma grande área projetado pelo arquiteto Peter Eisenman com 2.711 blocos de concreto em vários níveis de altura, simbolizando os túmulos das vítimas.
Terminamos o primeiro dia depois de muito andar, fomos para o hotel descansar para o próximo dia. SQN, fomos em um pub Irlandês mas estava LOTADO, pra pedir uma cerveja, demoramos uns 30 minutos, sério. Ai sim fomos para o hotel.
Acordando cedo no domingo, seguimos para a estação de trem em direção aonde foi o campo de concentração de Sachsenhausen. Gente, nunca senti uma energia tão forte e ruim na minha vida, era um sentimento de tristeza... não consigo explicar.
Esse campo esteve ativo desde de 1936 a abril 1945 e agora funciona como um museu, ainda preservando alguns pertences das vítimas... eu quase não tirei fotos de lá porque realmente fiquei chocada com o que vi, o clima, o cheiro fortíssimo, sim, ainda tem um cheiro forte nos banheiros, aonde eram os laboratórios, a câmera fria...
No portão de entrada está escrito: "O trabalho liberta" para quando os judeus chegassem achando que estariam lá para trabalhar e serem enfim soltos.
Foi uma experiência para a vida, poder refletir e agradecer por poder viver em uma era diferente, ter a liberdade de ir e vir. Infelizmente em muitos lugares essa liberdade não existe, mas tenho esperança em um mundo melhor.
Voltando (andamos 2km à pé porque era domingo e os ônibus somente de 1h em 1h), pegamos um trem até o centro e depois mais um ônibus para a East Side Galery, aonde tem a maior parte do Muro até hoje e que foi transformada em uma galeria de arte ao ar livre. É um lugar lindo e disputadíssimo por vários fotógrafos e turistas, como nós, para garantir uma selfie.
Sobre comida, a maioria do tempo compramos fast food, porque era mais barato e rápido, mas pudemos experimentar o famoso salsichão com mostarde, bem gostoso... me surpreendeu.
Um ponto negativo é que as domingos NADA abre, absolutamente nenhum mercado ou loja abrem. Andamos muito para achar um mercado, até que por acaso achamos um na estação central de trem, foi pura sorte.
Assim encerramos nossa visita à Berlim e voltamos para a Holanda, mais 10h de viagem mas com o coração grato em poder conhecer um pouquinho desse mundo doido!!
Até a próxima. Beijuuuu
Tô chocado!!! Eu também não esperei que o transporte de Berlin seria sujo e velho! Que coisa! Eu ainda tenho vontade de conhecer Berlin um dia. Tem muita história lá e nas suas fotos a cidade parece muito legal! 🤩